Monday, May 30, 2005

Nem meu nem teu... Nosso!

Sr. Ninguém
Existe um homenzinho engraçado,
Quietinho, a gente nem sente,
Faz tudo o que há de errado
Nas casas de toda gente!
Seu rosto ninguém revelou,
Mas dúvidas ninguém tem:
Se um prato quebra, quem rachou
Foi esse Sr ninguém

Ele tem culpa de livros rasgados,
E da porta que ficou aberta,
Dos botões da camisa arrancados,
E dos alfinetes perdidos, na certa;
A porta vai sempre ranger,
Porque você sabe, meu bem,
Quem com óleo vai resolver
É só o senhor Ninguém.

Ele pega lenha úmida, que tristesa,
E não consegue ferver a chaleira;
É ele quem traz lama, com certeza,
E suja os tapetes da casa inteira.
Os papéis desarumados,
Quem pegou por último, hein?
E quem os deixa jogados?
Só mesmo o Sr. Ninguém.

Se a porta tem marcas de dedos,
Nossas mãos não são culpadas;
Nem se as janelas abrirem cedo,
Deixando as cortinas desbotadas.
A tinta nunca respingamos,
Nem nossas botas espalhamos;
Devem ser todas, como convém,
Desse tal Sr. Ninguém.

PS: O mais cômico disso tudo, é que não se tem autoria esse poema.... hauhauha ....mas não foi escolhido ao acaso. Por ser meu primeiro post relevante( o de baixo é só apresentação), quero dizer que o senhor ninguém pode passar por aqui a vontade, o espaço é nosso!!!!!!

1 comment:

Unknown said...

Meu poema predileto! Por curiosidade, você o encontrou no livro" O Livro das Virtudes II"??

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